Menos que Jamais

2008 | 2018

Juliana Cunha me fez ressuscitar esse blog. Juliana Cunha não me conhece nem nunca me viu mais gorda, mas às vezes eu chego cedo pra terapia e na sala de espera tem um livrinho que eu ia lendo aos poucos, algumas páginas antes de cada sessão. “Já Matai Por Menos” é uma coletânea de textos do blog da Juliana (essa semana finalmente comprei o livro, então sinto que já tenho intimidade suficiente pra chamá-la de Juliana. Quando acabá-lo vou chamá-la de Ju, com certeza). Mas voltando ao assunto, achei levemente surreal um livro de textos de blog. Sim, podem ser consideradas crônicas, mas algumas são claramente posts, quase tuítes. Então eu, que sempre tive um desejo não-muito secreto de um dia publicar um livro pensei “ah, what the hell, por que não?”, e cá estou de volta. 

Imagino que os textos que eu publicava aqui hoje em dia poderiam ser posts no Facebook, mas pra mim, enquanto um blog se assemelha a um diário, postar textões no Face me parece mais gritar a sua opinião na escola, no trabalho ou na fila do supermercado. Então serei old school e vou continuar por aqui mesmo.

Vou ser sincera: primeiro vim revisitar o JOM como quem fuça o perfil do ex — em parte é nostalgia e curiosidade, mas a maior parte é receio de que vocês nunca foram tão bons assim e ele está bem melhor sem você. Mas sabe que não? Quase não tive vergonha ao reler meus antigos textos (mesmo eles tendo quase 10 anos, sido escritos em outra vida, por outra eu) e me deu um calorzinho no coração ao (re)descobrir que algumas pessoas — completos estranhos! — tinham deixado comentários. Comentários positivos! Aqueles seres semi em extinção na internet... 

Então voltei. Não sei bem o que se pode esperar disso aqui. Crônicas? Prosa? Curiosidades? Opiniões que não interessam a ninguém? A verdade é que eu não sei nem o que ele era, então é difícil dizer o que vai ser daqui pra frente. 

Só sei que voltei em menos do que “jamais”.

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Rindo comigo